O eixo seis propõe colocar em diálogo os avanços do conhecimento acadêmico e popular no campo das ciências sociais, sua articulação com as políticas públicas e pesquisas sobre mudanças climáticas, risco de desastres, sustentabilidade e meio ambiente.
A integração dos estudos sociais na ação climática e nas questões relacionadas ao meio ambiente tem tido um desenvolvimento crescente. O acesso, controle e uso dos recursos naturais é mediado por papéis, normas e relações de poder, que por sua vez são atravessados por múltiplas condições que estruturam a desigualdade como gênero, classe e etnia, entre outras.
Integrar a perspectiva social é uma questão chave para decifrar os vínculos diferenciais que as pessoas em sua situação e contexto específico estabelecem com os recursos da natureza e da comunidade para gerar adaptação e práticas de baixo carbono. Da mesma forma, os desastres têm sido predominantemente um campo de estudo das ciências técnicas e exatas, e no contexto ocidental, apenas entrando na segunda metade do século XX, os estudos sociais dos desastres começam a ser discutidos. Entender esses eventos como fenômenos socioambientais os vincula diretamente às questões de ação climática e meio ambiente e, ao mesmo tempo, permite integrar a perspectiva de risco.
O modelo dominante de desenvolvimento predatório dos recursos da natureza tem levado as sociedades contemporâneas a conviver com ameaças climáticas cada vez maiores e, portanto, aumentar os riscos a elas associados. A construção social dos riscos e da exposição às ameaças climáticas não é neutra às desigualdades sociais, portanto, é preciso pensar e construir conhecimentos que contribuam para uma melhor compreensão das mudanças climáticas e dos desastres socioambientais a partir desses campos de estudo.
Subtópicos
- Sociedade e adaptação às mudanças climáticas.
- Sociedade e mitigação de gases de efeito estufa.
- Sociedade de risco, prevenção e gestão integral dos riscos de desastres.
- Mudanças climáticas, riscos e desigualdades de gênero.
- Sociedade na chave da sustentabilidade ambiental.
- Ligações ciência-políticas na dimensão ambiental.
- Tecnociência e vínculos sociais na gestão das mudanças climáticas.
Comitê Científico
- Marta Rosa Muñoz Campos (Cuba).
- Ana Gabriela Fernández Saavedra (Uruguai).
- Johannes Waldmüller (Áustria).
- Laura Marrero (Uruguai).
- Teodoro Bustamande (Equador).
- Ignacio Lorenzo (Uruguai).
- Jorge Alfredo Carballo Concepción (Cuba).